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[Gamificação] Por que gostamos de nos esforçar durante os games?

A gamificação será a nova ferramenta para revolucionar a experiência das pessoas no meio digital. Você já preparou a sua empresa? Seguindo nossa série de quatro textos sobre gamificação, chegamos ao último artigo.

Hoje, vamos explicar por que gostamos do alto nível de esforço exigido pelos jogos. Além disso, vamos ver também como esse modelo de funcionamento pode ser aplicado ao seu produto. Confira!

Fatos interessantes e curiosidades sobre gamificação

Quando os fãs descobriram que o novo MMO, Age of Conan, levaria apenas 250 horas para ser concluído, a maioria dos críticos de jogos achou que os fãs rejeitariam o game. Por quê? Porque essa quantidade de horas exigiria muito pouco esforço por parte dos jogadores.

Em seu livro, Jane McGonigal acredita que os computadores foram feitos para trabalhar para nós, mas os videogames passaram a exigir que nós trabalhemos para eles. Embora isso seja verdade, no final, somos nós que exigimos todo esse esforço.

Interessante pensar nisso, não é? Principalmente em um momento em que as pessoas desejam trabalhar menos tempo. Mas isso acontece porque a maioria de nós não experimentava um trabalho realmente significativo e recompensador antes. Hoje, queremos ter um trabalho mais satisfatório. Mas como fazer isso? É o que vamos ver a seguir, confira!

Como garantir um trabalho mais recompensador?

Jane McGonigal também acredita que o caminho para um trabalho mais satisfatório sempre começa por dois elementos: uma meta clara e passos viáveis ​​para atingir essa meta. Ter um objetivo claro nos motiva a agir, já que sabemos o que deve ser feito. Seguir as etapas seguintes garante que possamos progredir em direção à meta imediatamente.

O jogo World of Warcraft (WoW) garante que o jogador terá que se esforçar em todas as missões que realizar. No caso desse game, você tem uma missão a cumprir, por exemplo, matar 10 NPCs ou pegar um item específico. Pegando esse item, você recebe uma recompensa por completar a missão.

Os jogadores também ganham a “experiência” necessária para subir de nível e passar para o próximo, com novas missões e histórias. Cada missão tem um passo a passo sobre o que fazer, para onde ir e a qual personagem perguntar / matar / capturar / etc.

WoW não é um jogo de quebra-cabeça ou de investigação. Os jogadores precisam fazer o trabalho para coletar suas recompensas.

Por que desejamos esse modelo de produtividade?

Sonja Lyubomirsky, em “The How of Happiness”, reforça que a maneira mais rápida de melhorar a qualidade de vida de alguém é “apresentar uma meta específica para uma pessoa, algo para fazer e algo para esperar (como recompensas)”.

Quando um objetivo claro está vinculado a uma determinada tarefa, isso nos dá energia e um senso de propósito para seguir. Portanto, o verdadeiro trabalho no WoW é ser recompensado com mais oportunidades de emprego. A cada nível, o jogo desafia você a tentar algo um pouco mais difícil. E é isso que queremos.

Motivação e progresso razoavelmente garantido

É assim que começa o processo do esforço recompensador. Mas, para ser gratificante, temos que terminar nosso trabalho com a mesma clareza com a qual começamos. Para concluir o trabalho, devemos ser capazes de ver os resultados de nossos esforços o mais direta e imediatamente possível.

Os resultados visíveis são satisfatórios porque são um reflexo positivo de nossas habilidades. Ao ver o que conquistamos, construímos nossa autoconfiança. O vibrante display do World of Warcraft nos mostra uma melhoria em tempo real. Ele pisca na frente dos nossos olhos: +1 resistência, +1 intelecto, +1 força. Com isso, temos uma visão clara a respeito dos nossos recursos internos, notando como nos tornamos mais poderosos por conta do nosso esforço.

Também podemos ver o progresso que fizemos olhando para nosso avatar. Ele fornece feedback visual, mostrando as armaduras, as jóias e as armas que conquistamos ao longo do tempo.

O mesmo modelo de gamificação pode ser implementado nos aplicativos. Com a conclusão de cada tarefa, devemos recompensar os usuários com algo diferente em todos os níveis. Além disso, quando os usuários comparam seus resultados aos outros, o seu app pode informá-los que eles estão em um nível acima.

“Quando não temos resultados visíveis vinculados aos nossos esforços, é muito difícil ter um sentimento de satisfação com nosso trabalho. Infelizmente, para muitos de nós, isso é verdade em nosso dia a dia profissional” – Jane McGonigal.

Não é apenas o auto aperfeiçoamento que o jogo oferece, mas também um senso de pertencimento e comunidade. Os jogadores podem ingressar nas chamadas “guildas”, que reúnem grupos de 10 a 25 pessoas para participar de ataques. Além disso, as pessoas conseguem se engajar mais nas atividades se estiverem com um amigo.

Isso foi comprovado em um experimento feito com pessoas que praticam uma vida fitness. Você tem 90% mais chances de terminar um plano de exercícios se fizer isso com um amigo ou um preparador físico. Mas, se estiver sozinho, você terá 50% de chances de não alcançar seu objetivo. O elemento da comunidade é também um aspecto essencial da gamificação. Jogar com seus amigos é sempre melhor do que sozinho.

Gamificação e esforço gratificante

No final, o que é necessário para que o trabalho seja satisfatório é: ele deve nos apresentar objetivos claros e nos oferecer um feedback direto e imediato de que os alcançamos.

Não importa se as recompensas que recebemos não são materiais. O que mais vale é a recompensa emocional.

O jogo World of Warcraft é um exemplo de gamificação que trabalha na base do esforço gratificante. Os jogadores se comprometem com um mesmo ambiente de jogo por longos períodos de tempo. Como McGonigal mencionou, a taxa de desemprego é de 0% no WoW. E se você colocar em prática esse tipo de princípio de gamificação em seu produto, os resultados devem ser positivos.

P.S.: Muitos dados e informações foram usados ​​no livro de Jane McGonigal, “Reality is Broken”. Portanto, se você gosta de números e estatísticas sobre jogos, recomendamos essa leitura!

Chegamos ao final da nossa série de quatro artigos sobre gamificação. O que você achou? Deixe sua opinião nos comentários!

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